Boa noite, pra quem é de boa noite
Bom dia, pra quem é de bom dia
A bênção, meu pai a bênção
Maculelê é o rei da valentia
Maculelê de onde é que veio
Eu vim de Angola ê
Mestre Popó de onde é que veio
Eu vim de Angola ê
E o atabaque de onde é que veio
Eu vim de angola ê
E o agogô de onde é que veio
Eu vim de Angola ê
Tindolelê, Auê Cauiza
Tindolelê é sangue real
Meu pai é filho, eu sou neto de Aruanda
Tindolelê, Auê Cauiza
Ô boa noite, pra quem é de boa noite
(boa noite pra quem é de boa noite)
Ô bom dia, pra quem é de bom dia
(bom dia pa quem é de bom dia)
Good evening, to those who it is good evening
Good morning, to those who it is good morning
Blessings, my father, blessings
Maculelê is the king of bravery
Maculelê, where did you come from?
I came from Angola, hey
Master Popó, where did you come from?
I came from Angola, hey
And the atabaque, where did it come from?
I came from Angola, hey
And the agogô, where did it come from?
I came from Angola, hey
Tindolelê, Auê Cauiza
Tindolelê is royal blood
My father is son, I am grandson of Aruanda
Tindolelê, Auê Cauiza
Oh good evening, to those who it is good evening
(good evening to those who it is good evening)
Oh good morning, to those who it is good morning
(good morning to those who it is good morning)
A Celebração da Herança Cultural em 'Boa Noite' de Berimbrown A música 'Boa Noite' do grupo Berimbrown é uma expressão vibrante da cultura afro-brasileira, misturando elementos da música popular com a tradição do folclore e das religiões de matriz africana. A letra saúda de forma respeitosa e inclusiva, com 'boa noite' e 'bom dia', mostrando que a mensagem é para todos, independentemente do momento em que se encontrem. A referência ao Maculelê, uma dança afro-brasileira que simboliza a luta e a resistência, e a menção de 'mestre Popó', provavelmente um mestre de capoeira ou de alguma tradição cultural, reforçam a importância da transmissão de conhecimento e da valorização das raízes. A repetição de 'Eu vim de Angola' destaca a origem africana de muitos dos elementos culturais presentes no Brasil, como a música e a dança, e a conexão espiritual com o continente africano. A parte final da música, com 'Tindolelê, Auê Cauiza', pode ser interpretada como um chamado ou um refrão que celebra a ancestralidade e a linhagem espiritual ('Meu pai é filho, eu sou neto de Aruanda'), indicando uma linhagem que remonta à Aruanda, um termo que em algumas crenças afro-brasileiras representa um lugar espiritual de paz e felicidade. A música, portanto, é um hino de celebração da identidade cultural afro-brasileira, da resistência e da história de um povo.